domingo, 19 de junho de 2011

Ultimamente

Tomada por um universo paralelo, me mudei para outro planeta e venho vivendo muito bem, obrigada.
Nas caixas do caminhão havia apenas livros. Sentei-me no meio delas antes de o motorista dar a partida e fiquei ali por toda a viagem.
Pode-se dizer que essa é uma busca, talvez por atenção, quem sabe por respeito. Tenho me escondido tentando ser encontrada, venho me perdendo na negritude das palavras que me cercam. É, eu menti; “bem” é como eu ainda não consigo ficar comigo mesma.

sábado, 18 de junho de 2011

Fugir daqui

E de repente, ou ao menos mais do que normalmente; bateu-me uma vontade infinita de largar tudo e fazer merda. Levantar da cama, roubar dinheiro de alguma vadia pelo centro, comprar das cachaças mais baratas e morrer no modo de dizer. Não dormir, dirigir, gritar, rolar, gemer e enfim escrever enciclopédias. Porque a energia que agora tenho guardada em minha massa cefálica, não se gasta se eu não me gastar também.

domingo, 5 de junho de 2011

O contrário do salgado

Lágrima é doce; e esse gosto eu senti hoje. Quando depois de muito segurar, sem mais nem menos desandei a chorar. Aquela gotinha doce um tanto ou quanto adocicada me passeou pelos dentes, escorreu na língua e se dissolveu como um sorriso falso. O que melhor que uma lágrima para adoçar o cafezinho?