segunda-feira, 9 de maio de 2011

Arquiteta da vez

Hoje caminhei diferente. Olhei pra cada casa; observei cada telha; cada janela; cada porta; cada arbusto; cada parede e cada muro. Investiguei, mas foi de longe mesmo, cada vidraça; cada tinta; cada lajota; cada ladrilho; cada muro; cada terreno. Nenhuma delas me agradou por inteiro, em todas eu mudaria algo. Talvez só a porta de bolinhas; ou a outra que é de frigorífico; o vidro verde junto à escada; a varanda que não tem mesinha; o jardim que é muito alto; a garagem que é muito grande. A do vizinho eu também mudava; tirava o pintor do telhado. O moço humilde, pra casa; sua música, que vá junto; seu cigarro, pro meu cinzeiro, depois de uma boa tragada.

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