sábado, 7 de maio de 2011

Ô, seu vizinho

A campainha toca; a porta abre; os pés caminham e estamos na cozinha. Quer açúcar, meu vizinho? Tem vinho e queijo ali no armário.
Minha banheira não é de Cazuza, minha banheira não tem ratos. Mas a cera das velas está derretendo no ralo. Tem espuma e tem rosas, tem perfume e tem champagne. Mas você não me beija e não me abraça, não me cheira e não me toca, não me morde e não me usa. Mas, ô, seu vizinho, o senhor não me enlouquece, o senhor só me entristece.

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