sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

Nanquim

Ao longe vejo a tinta da caneta borrar o papel, vejo uma lágrima cair e aquarelar as palavras. Vejo letras flutuarem e se embaralharem sobre nuvens-linhas rosa.
Ao longe vejo as cores do pôr-do-sol em tom de terra seca cobrir a parede, vejo as flores se pintarem no cantinho da janela, e os passarinhos que na tinta mergulharam, agora pousam sobre os galhos do cabideiro.
Cabo Polonio, Uruguay
14/01/2011

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