segunda-feira, 13 de setembro de 2010

Longe de Casa

Não consigo permanecer nem mais um segundo naquela casa. Tudo aquilo me machuca de uma forma inexplicável. É como se aquele ar estivesse poluído, como se algo não me permitisse mais respirar. Há um tempo, estar ali talvez fosse tudo que eu quisesse, mas agora preciso sair, mesmo que seja para fazer nada. Preciso ficar na rua esteja ou não chovendo. Preciso correr e pular, posso até mesmo ficar deitada no chão da rua, desde que seja longe, bem longe de casa.
Vejo todos os dias as mesmas coisas, as mesmas pessoas, as mesmas quatro paredes que me cercam. Em uma delas há uma pequena porta onde sempre fica uma discreta placa em idioma desconhecido. Imagino que diga “fuja”. Mas pra que fugir? Eles ainda poderão me achar.

Nenhum comentário:

Postar um comentário