domingo, 12 de setembro de 2010

Temor

Aquele pequeno corredor escuro cheio de pequenas entradas me sufocava. A escada e as portas de madeira quase me engoliam. Entrei no elevador com as pernas bambas, sozinha, ao encontro de nada. Estava psicologicamente preparada para o pior, temia o irreal. Os andares foram passando, de repente ele parou e eu gelei por completo. A porta era tudo que me separava do desconhecido, e eu estava presa em um minúsculo ambiente sem saída. Mas o desconhecido era mais do que conhecido. Ele enfim entrou no pequeno elevador e me abraçou. Todo o medo anterior havia ido embora, todo o pavor havia sumido. Abrimos novamente a porta, para sairmos daquele cubículo, e então a insegurança bateu. Cada um seguiu sua direção e o medo de aparecer na rua apertou. Seria essa uma boa idéia? Quem sabe talvez fosse melhor voltar para o quarto onde passei a tarde e ali continuar até que seja manhã. Mas algo gritava na minha cabeça e insistia para eu ter coragem. Acho que não devo mais confiar na minha intuição.

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