sábado, 11 de setembro de 2010

Telefone-me

A todo minuto meus olhos se dirigiam ao celular, meus ouvidos estavam atentos ao primeiro som que ele emitisse. Tudo que eu precisava era ouvir tua voz, matar a saudade, mesmo que permanecêssemos distantes. Saí do banho correndo para atender ao telefone, minha cabeça queria que fosse você, meu coração precisava que você. Mas obviamente não era, porque você me ignora e você não se importa com a minha existência. Eu também não me importava tanto assim com a sua, mas hoje senti muita falta dos velhos tempos, lembrei de como éramos crianças, passei a tarde com um aperto no coração e sem coragem de telefonar. Fiz de tudo pra me animar, perder a voz de desânimo que eu estava, lutei com todas as minhas forças, afinal, na pior das hipóteses você iria brigar comigo como sempre faz ou não iria atender. Claro que, pela pessoa que sou, insignificante, você não atendeu e passei horas esperando ver seu nome na tela do celular.

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