domingo, 19 de setembro de 2010

"Querido diário",

Depois de muitos retornos finalmente chegamos ao estacionamento do hotel, que era também de um shopping. Ok, no começo era legal, mas aquele estacionamento me lembrava o do P2 (filme de terror babaca onde o sangue é pura calda de caramelo). Ele era cheio de curvas estreitas, sem saídas nem entradas. Confesso que fiquei com medo. Descemos do carro e passamos por três portas até o elevador. Fomos ate o térreo carregando travesseiros e cabides, em busca da recepção. Encontramos apenas o shopping, cheio de lojas e pessoas. Andamos a procura da tal recepção do hotel, mas a essa altura eu já cogitava encontrar alguém de samba canção pedindo toalhas em pleno shopping. Imaginei que talvez eu fosse obrigada a descer e ali permanecer de pijamas enquanto minha insônia não passasse. Além do estacionamento, o elevador, o corredor e as portas também lembravam filmes de terror.
Não tenho nada pra fazer e estou desperdiçando toda a minha tarde de sábado trancada em um hotel. Todos estão dormindo (menos eu, como sempre) e não me deixam sair. Tudo bem que não tem nada interessante pra se fazer aqui, mas pelo menos o cinema é cortesia do hotel. Sem sair, eu tentei achar alguma coisa pra fazer dentro do quarto, mas a bateria do celular ainda não carregou e a tomada é muito longe da cama, então não posso escrever nem escutar musica. Como sempre, brigaram comigo por deixar uma pequena luz acessa e não querer dormir. Enquanto isso as propagandas políticas gritam na rua e me irritam profundamente (é sábado, já chega de políticos). Não tem nada mesmo pra fazer aqui. Ninguém interessante está nesse hotel, não tem internet, não tem piscina e não me deixam andar pelo shopping. Não sei o que vai ser de mim.

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